domingo, 29 de julho de 2007

Aniversário de Fundação da Seara



No sábado, dia 28 de julho de 2007, foi a comemoração da fundação da nossa "Seara Espírita Fé, Esperança e Caridade".
A festa teve seu início com orações às Entidades da Casa, seguidas do pronunciamento de um dos dirigentes, Sr. Domingos.
Orações às Entidades, seguidas das letras de seus pontos cantados:

Exu (Guardião da Casa)

Que a irreverência e o despreendimento de Exu me animem a não encarar as coisas da forma como elas parecem à primeira vista, e sim, que eu aprenda que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso.
Laroyê, Exu!
O garfo de exu é firme
A capa de Exu me rodeia (BIS)

Já passou na encruzilhada
Vagou pela madrugada
Exu não bambeia (BIS)
Oxalá

Que a Paz de Oxalá renove minhas esperanças de que, depois de erros e acertos, tristezas e alegrias, derrotas e vitórias, chegarei ao meu objetivo mais nobre: aos pés de Zambi maior!
Epa Babá, Oxalá!
Oxalá é rei
Oxalá é pai

Oxalá é o rei
Ele é o rei
Dos Orixás (BIS)
Iemanjá

Que as ondas de Iemanjá me descarreguem, levando para as profundezas do Mar Sagrado as aflições do dia-a-dia dando-me a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que me causa dor, e que seu seio materno me acolha e me console.
Ô Doce, Abá!
Estava olhando mar
Quando vi minha mãe Iemanjá (BIS)

Seus cabelos faziam agitar
As ondas, as ondas do mar

Seu manto era tão lindo tinha estrelas a brilhar

Eram ... em forma de luz
Pra seus filhos abençoar (BIS)
Nanã

Que a sabedoria de Nanã me dê uma outra perspectiva de vida, mostrando que cada nova existência que tenho, seja aqui na terra ou em outros mundos, gera a bagagem que me dá meios para atingir evolução, e não uma forma de punição sem fim, como julgam os insensatos.
Saluba, Nanã!
É Nana ê, é Nana ê, é Nana ê
É Nana ê, é Nana ê, é Nana a
Senhora das águas turvas
Nana é iabá (BIS)

Em Orum, vive Nana Buruquê
Saluba linda senhora
Viva seu poder (BIS)
Oxum

Que Oxum me dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada, tal como suas águas doces que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar. Assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arreprendimentos.
Aie eu, Mamãe Oxum.
Eu vi mamãe Oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio (BIS)

Colhendo lírio, lírio lê
Colhendo lírio, lírio lá
Colhendo lírio pra enfeitar nosso Congá (BIS)
Ogum

Que a tenacidade de Ogum me inspire a viver com determinação, sem que eu me intimide com pedras, espinhos e trevas. Que sua espada e sua lança desobstruam meu caminho e seu escudo me defenda.
Ogum Iê, Meu Pai!
Por entre matas
Por entre maré e terra
Eu entendi o que meu Pai quis dizer (BIS)

Que Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar
A fumaça é a nuvem do céu
E a cerveja e a espuma do mar (BIS)
Ossanhe
Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que restaure minhas energias, mantendo minha mente sã e meu corpo são.
Salve Nossa Mãe Natureza!
Entrei na mata da mata não tenho medo (BIS)

Entrei na mata debaixo do arvoredo (BIS)
Oxóssi

Que o labor de Oxóssi me estimule a conquistar sucesso e fartura às custas de meu próprio esforço. Que suas flechas caiam à minha frente, às minhas costas, à minha direita e à minha esquerda, me cercando para que nenhum mal me atinja.
Okê, Caboclo!
Vermelho é a cor do sangue do meu pai
E verde é a cor das matas (BIS)

Oi sarava senhor Oxóssi na Jurema (BIS)

Oi sarava a banda onde ele mora (BIS)
Xangô

Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da Lei Divina em meu coração. Que seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência, e que sua balança me incute o bom senso.
Kaô, Cabecile!
Xangô mora nas pedreiras
Quem mandou relampear
Kaô cabecile meu pai vamos todos saravá

Xangô oo oo (BIS)

Xangô oo oo
Xangô oo meu pai
Iansã

Que os raios de Iansã alumiem meu caminho e o turbilhão de seus ventos leve para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito de se aproveitarem de minhas fraquezas.
Epa hey, Iansã!
Me protegi, no bambuzal de Iansã
Das mandingas que lançaram sobre mim (BIS)

Ela é o vento e traz toda bondade
E com seus raios destrói toda maldade

Epa hei oh bela Oiá, (virou o tempo)
Para ela guerriar
Epa hei oh bela Oiá, na nossa banda ela é grande Orixá (BIS)

Crianças

Que a vitalidade dos Ibejis me estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado. Que eu não perca a pureza, mesmo que ao meu redor a tentação me envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim, refinamento moral.
Oni beijada!
Fui no jardim colher as rosas
A vovozinha deu-me as rosas mais formosas (BIS)

Cosme e Damião, oi Doum
Crispin e Crispiniano são os filhos de Ogum (BIS)
Obaluayê

Que as cabaças de Obaluayê tragam não só a cura de minhas mazelas corporais, como também ajudem meu espírito a se despojar das vicissitudes.
Atotô, Obaluayê!
Meu pai Obaluaê
O que é que o Senhor quer comer (BIS)

É carne de cabrito no azeite de dendê
Ou é água na bacia, pros seus filhos beber (BIS)
Pretos-Velhos

Louvados sejam todos os Pretos-Velhos. Louvados sejam Vós que formais o Santíssimo Rosário da Virgem Maria. Santas Almas Benditas, protetoras de todos aqueles que se encontram em aflição... a Vós recorro, espíritos puros pelo sofrimento, grandiosos pela humildade e bem-aventurados pelo amor que irradiam... socorram-me pois me encontro em aflição. Concedam-me, meus bondosos Pretos-Velhos, um pouco de vossa humildade, de vosso amor e de vossa pureza de ações e pensamentos, para que eu possa cumprir minha missão na terra, seguindo todos os vossos exemplos de bondade. Louvadas sejam todas as Almas Benditas.
Adorei as Almas!
Preto na senzala bateu sua caixa e deu viva iaiá
Preto na senzala bateu sua caixa e deu viva ioiô (BIS)

Viva iaiá, viva ioiô
Viva Nossa Senhora Cativeiro acabou (BIS)

Mensagem dos dirigentes da Casa (representados pelo Sr. Domingos) aos Filhos da Seara:

A l i ç ã o d o f o g o



Um membro, que regularmente freqüentava um determinado grupo esotérico, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades.

Após algumas semanas, o Mestre daquele grupo decidiu visitá-lo.

Era uma noite muito fria.

O Mestre encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.

Adivinhando a razão da visita, o homem deu boas-vindas ao Mestre, e conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.

No silêncio que se formara, apenas contemplavam a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam.

Ao cabo de alguns minutos, o Mestre examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado.

Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.

Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez.



Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada.

Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos.

O Mestre, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta ao meio do fogo.

Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.

Quando o Mestre alcançou a porta para partir, seu Anfitrião disse:

- Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão.

- Estou voltando ao convívio do grupo.

- Muito obrigado.

Reflexão:
Aos membros do grupo vale a pena lembrar que eles fazem parte da chama e que longe do grupo eles perdem todo o brilho.

Aos Mestres e líderes vale lembrar que eles são os responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.


(Autor desconhecido)

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