domingo, 29 de julho de 2007

Aniversário de Fundação da Seara



No sábado, dia 28 de julho de 2007, foi a comemoração da fundação da nossa "Seara Espírita Fé, Esperança e Caridade".
A festa teve seu início com orações às Entidades da Casa, seguidas do pronunciamento de um dos dirigentes, Sr. Domingos.
Orações às Entidades, seguidas das letras de seus pontos cantados:

Exu (Guardião da Casa)

Que a irreverência e o despreendimento de Exu me animem a não encarar as coisas da forma como elas parecem à primeira vista, e sim, que eu aprenda que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso.
Laroyê, Exu!
O garfo de exu é firme
A capa de Exu me rodeia (BIS)

Já passou na encruzilhada
Vagou pela madrugada
Exu não bambeia (BIS)
Oxalá

Que a Paz de Oxalá renove minhas esperanças de que, depois de erros e acertos, tristezas e alegrias, derrotas e vitórias, chegarei ao meu objetivo mais nobre: aos pés de Zambi maior!
Epa Babá, Oxalá!
Oxalá é rei
Oxalá é pai

Oxalá é o rei
Ele é o rei
Dos Orixás (BIS)
Iemanjá

Que as ondas de Iemanjá me descarreguem, levando para as profundezas do Mar Sagrado as aflições do dia-a-dia dando-me a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que me causa dor, e que seu seio materno me acolha e me console.
Ô Doce, Abá!
Estava olhando mar
Quando vi minha mãe Iemanjá (BIS)

Seus cabelos faziam agitar
As ondas, as ondas do mar

Seu manto era tão lindo tinha estrelas a brilhar

Eram ... em forma de luz
Pra seus filhos abençoar (BIS)
Nanã

Que a sabedoria de Nanã me dê uma outra perspectiva de vida, mostrando que cada nova existência que tenho, seja aqui na terra ou em outros mundos, gera a bagagem que me dá meios para atingir evolução, e não uma forma de punição sem fim, como julgam os insensatos.
Saluba, Nanã!
É Nana ê, é Nana ê, é Nana ê
É Nana ê, é Nana ê, é Nana a
Senhora das águas turvas
Nana é iabá (BIS)

Em Orum, vive Nana Buruquê
Saluba linda senhora
Viva seu poder (BIS)
Oxum

Que Oxum me dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada, tal como suas águas doces que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar. Assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arreprendimentos.
Aie eu, Mamãe Oxum.
Eu vi mamãe Oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio (BIS)

Colhendo lírio, lírio lê
Colhendo lírio, lírio lá
Colhendo lírio pra enfeitar nosso Congá (BIS)
Ogum

Que a tenacidade de Ogum me inspire a viver com determinação, sem que eu me intimide com pedras, espinhos e trevas. Que sua espada e sua lança desobstruam meu caminho e seu escudo me defenda.
Ogum Iê, Meu Pai!
Por entre matas
Por entre maré e terra
Eu entendi o que meu Pai quis dizer (BIS)

Que Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar
A fumaça é a nuvem do céu
E a cerveja e a espuma do mar (BIS)
Ossanhe
Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que restaure minhas energias, mantendo minha mente sã e meu corpo são.
Salve Nossa Mãe Natureza!
Entrei na mata da mata não tenho medo (BIS)

Entrei na mata debaixo do arvoredo (BIS)
Oxóssi

Que o labor de Oxóssi me estimule a conquistar sucesso e fartura às custas de meu próprio esforço. Que suas flechas caiam à minha frente, às minhas costas, à minha direita e à minha esquerda, me cercando para que nenhum mal me atinja.
Okê, Caboclo!
Vermelho é a cor do sangue do meu pai
E verde é a cor das matas (BIS)

Oi sarava senhor Oxóssi na Jurema (BIS)

Oi sarava a banda onde ele mora (BIS)
Xangô

Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da Lei Divina em meu coração. Que seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência, e que sua balança me incute o bom senso.
Kaô, Cabecile!
Xangô mora nas pedreiras
Quem mandou relampear
Kaô cabecile meu pai vamos todos saravá

Xangô oo oo (BIS)

Xangô oo oo
Xangô oo meu pai
Iansã

Que os raios de Iansã alumiem meu caminho e o turbilhão de seus ventos leve para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito de se aproveitarem de minhas fraquezas.
Epa hey, Iansã!
Me protegi, no bambuzal de Iansã
Das mandingas que lançaram sobre mim (BIS)

Ela é o vento e traz toda bondade
E com seus raios destrói toda maldade

Epa hei oh bela Oiá, (virou o tempo)
Para ela guerriar
Epa hei oh bela Oiá, na nossa banda ela é grande Orixá (BIS)

Crianças

Que a vitalidade dos Ibejis me estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado. Que eu não perca a pureza, mesmo que ao meu redor a tentação me envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim, refinamento moral.
Oni beijada!
Fui no jardim colher as rosas
A vovozinha deu-me as rosas mais formosas (BIS)

Cosme e Damião, oi Doum
Crispin e Crispiniano são os filhos de Ogum (BIS)
Obaluayê

Que as cabaças de Obaluayê tragam não só a cura de minhas mazelas corporais, como também ajudem meu espírito a se despojar das vicissitudes.
Atotô, Obaluayê!
Meu pai Obaluaê
O que é que o Senhor quer comer (BIS)

É carne de cabrito no azeite de dendê
Ou é água na bacia, pros seus filhos beber (BIS)
Pretos-Velhos

Louvados sejam todos os Pretos-Velhos. Louvados sejam Vós que formais o Santíssimo Rosário da Virgem Maria. Santas Almas Benditas, protetoras de todos aqueles que se encontram em aflição... a Vós recorro, espíritos puros pelo sofrimento, grandiosos pela humildade e bem-aventurados pelo amor que irradiam... socorram-me pois me encontro em aflição. Concedam-me, meus bondosos Pretos-Velhos, um pouco de vossa humildade, de vosso amor e de vossa pureza de ações e pensamentos, para que eu possa cumprir minha missão na terra, seguindo todos os vossos exemplos de bondade. Louvadas sejam todas as Almas Benditas.
Adorei as Almas!
Preto na senzala bateu sua caixa e deu viva iaiá
Preto na senzala bateu sua caixa e deu viva ioiô (BIS)

Viva iaiá, viva ioiô
Viva Nossa Senhora Cativeiro acabou (BIS)

Mensagem dos dirigentes da Casa (representados pelo Sr. Domingos) aos Filhos da Seara:

A l i ç ã o d o f o g o



Um membro, que regularmente freqüentava um determinado grupo esotérico, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades.

Após algumas semanas, o Mestre daquele grupo decidiu visitá-lo.

Era uma noite muito fria.

O Mestre encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.

Adivinhando a razão da visita, o homem deu boas-vindas ao Mestre, e conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.

No silêncio que se formara, apenas contemplavam a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam.

Ao cabo de alguns minutos, o Mestre examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado.

Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.

Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez.



Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada.

Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos.

O Mestre, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta ao meio do fogo.

Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.

Quando o Mestre alcançou a porta para partir, seu Anfitrião disse:

- Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão.

- Estou voltando ao convívio do grupo.

- Muito obrigado.

Reflexão:
Aos membros do grupo vale a pena lembrar que eles fazem parte da chama e que longe do grupo eles perdem todo o brilho.

Aos Mestres e líderes vale lembrar que eles são os responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.


(Autor desconhecido)

domingo, 22 de julho de 2007

Oração em Homenagem ao Irmão Senhor Archimedes



Esta oração foi parte da homenagem realizada dia 18/07 ao nosso irmão, Senhor Archimedes, fundador de nossa Seara, devido ao aniversário de seu desencarne.

Pelo irmão desencarnado que há 36 anos nos deixou.

Deus de infinito amor e bondade... dignai-vos, Senhor, a ouvir a prece que vos dirigimos pelo espírito do irmão senhor Arquimedes, hoje na data de seu desencarne.
Consenti, Senhor, que vossos bons espíritos samaritanos, anjo de guarda e guardião do irmão senhor Arquimedes levem as nossas palavras como símbolo de nosso afeto e carinho ao irmão, e que o carinho e dedicação de seus familiares e amigos lhe traga conforto, e que a nós traga a alegria do dever cumprido.
Que a paz do Senhor nosso Mestre e Pai seja permanente contigo.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Os Três Pilares do Médium


Os Três Pilares do Médium

Nem sempre o médium sabe quais caminhos a seguir, se conduzindo nas veredas do trabalho de comunicação entre os planos material e espiritual de maneira superficial, se deixando levar pela superficialidade que a vida material o acostumou. Desta forma, vale ressaltar que o médium não o é somente apenas enquanto cumpre com suas funções de intermediário entre os planos físico e espiritual. Ele é médium (mediador) pelas 24 horas de todos os dias de sua existência carnal, pois ser médium é viver um estado de espírito, e este acompanha o médium em todos os momentos, em todas as suas experiências. O médium é constantemente acompanhado pelo mundo espiritual e atitudes inadequadas por parte do médium podem prejudicá-lo direta ou indiretamente, seja por obsessões, perda temporária ou definitiva de suas faculdades mediúnicas, etc.
Cabe ao médium a obrigação de melhoria interna, não para simplesmente ser um bom aparelho receptor e transmissor de comunicações espirituais, mas para que ele “se quite” perante sua própria consciência e assim se livre das “amarras” cármicas. Porém, o caminho da reforma íntima é longo e trabalhoso. O médium deve ter em mente isso. Não há fórmulas e regras para a obtenção deste êxito, mas, junto à força de vontade própria, o médium tem um pequeno roteiro, simples, mas por vezes, difícil de se acompanhar :

Os Três Pilares do Médium :

- Evangelização - Significa mudarmos internamente, seguindo como exemplo os ensinamentos de Jesus Cristo. Devemos a cada ação, colocar em prática, ou seja viver realmente, o "amar ao próximo como a si mesmo", praticando a caridade em múltiplas formas, sem todavia esperar algo em troca e praticá-la com o coração. Devemos nos policiar, nos conhecendo profundamente, detectando nossas más tendências e lutando todo o instante contra elas. O egoísmo, a vaidade, a maledicência, a volúpia, o orgulho, a raiva, o ódio e outros baixos sentimentos devem ser "tratados" através da reforma íntima. Como fazer tudo isso? Bem, é muito difícil, mas os outros dois pilares darão sustentação para esse;

- Mediunismo - Somente com a prática tornamo-nos aptos e especialistas nos exercícios mediúnicos, pois eles são ligados diretamente com nossos corpos físico e astral. Com a prática constante, rotineira, persistente e RACIONAL, vamos conhecendo os meandros da espiritualidade. Tornamo-nos ótimos medianeiros sob o aspecto das comunicações, assim, vamos, a partir daí, recebendo lições, seja por desdobramentos naturais (sono) ou induzidos, seja por vidência/clariaudividência, seja por intuições cada vez mais fortes. Vamos com isso ligando-nos fortemente ao mundo espiritual e os espíritos se aproximarão mais intensamente, nos levando a mais aperfeiçoamentos. Recebemos lições, puxões de orelhas, conselhos, aulas, etc, que nos auxiliará em nosso melhoramento moral;

- Conhecimento - O estudo é uma exigência para quem sabe que é imperfeito em todos os aspectos. Devemos conhecer para fazer melhor e corretamente. Só nos tornaremos bons medianeiros e nos evangelizaremos se estudarmos. Estudar não é somente ler alguns livros, é ler de tudo, reter somente aquilo que é proveitável. Estudar é também observar. Observando nosso íntimo estaremos obtendo respostas para nossas próprias falhas. Ao estudar aquilo que nos rodeia, vamos percebendo coisas sutis que antes nos passavam despercebidos. Devemos estudar as pessoas, pois somente assim vamos descobrindo que cada um é um universo em si e com isso vamos entendendo as pessoas como elas são (empatia), as compreendendo e passando a "amá-las como a nós mesmos". Estudar os fenômenos mediúnicos práticos é estar em campo e aprender sutilidades. Estudar a natureza e compreender seus fenômenos físicos, energéticos e astrais.

Fonte: http://www.geocities.com/Heartland/Valley/5185/pilares.htm

Os Caboclos



Falar de Caboclos é uma tarefa bastante agradável, ainda que extensa e difícil, pois existem tantos que seria uma grande leviandade declararmos conhecer a todos. Inicialmente é importante conhecermos uma diferenciação que se faz entre eles. Os Caboclos de Couro e os de Pena. Caboclos de Couro são os Boiadeiros e os de Pena são os Índios. Ainda tem os Caboclinhos, que são índios meninos, muito comuns no Nordeste do Brasil. Muito se fala a respeito de que tipo de espíritos poderiam ser os Caboclos, Pretos-Velhos, etc... Seriam mesmo índios? Ou em relação aos Pretos-Velhos, seriam somente negros ou escravos? O trabalho da caridade espiritual é muito grande e não caberia somente a esta ou aquela qualidade de espíritos praticá-la. Se nas falanges de Caboclos ou em outra qualquer, não se manifestarem somente espíritos daquela classe, isso não muda em nada sua força. E qualquer espírito que se aproxime ou que lhe seja determinado trabalhar naquela determinada linha vibracional, às características da falange deverá se amoldar. Isso se aplica a qualquer qualidade de espírito. Até mesmo aqueles que em suas vidas pretéritas tenham convivido em camadas sociais diversas podem depois de desencarnados trabalharem em qualquer falange, mas para isso moldam-se a ela utilizando-se da roupagem característica dela. Já imaginaram um Caboclo manifestado de paletó e gravata, dando consultas com um laptop? A evolução de cada entidade se dá mais pelo trabalho que pratica, pelo bem que alcança e dirige a quem necessita, do que pela maneira como se manifesta, fala ou se veste. Assim sendo é muito mais importante nos aproximarmos da figura que a entidade nos proporciona, do que ficarmos procurando uma maneira de investigar e determinar o que não nos é devido. Os Caboclos são entidades fortes, viris. Alguns têm uma dificuldade muito grande de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos, que são filhos da casa, normalmente iniciando seus desenvolvimentos ou alguém que não tenha a mediunidade de incorporação. Os caboclos são sérios, mas gostam de festas e fartura. Dançam muito e gostam de cantar também. Bebem vinho, cerveja ou a Macaia que é uma mistura de ervas. Fumam normalmente charutos, mas alguns Boiadeiros fumam o palheiro, que é um cigarro feito de palha de milho com fumo de corda ou rolo ou até mesmo cigarros normais. Os Caboclos, embora comandados por Oxossi, Orixá da caça, que na Umbanda é louvado como rei das Matas. Eles estão sempre ligados a um determinado Orixá e mantém suas características, de alguma forma ligada a esse Orixá. As Caboclas normalmente estão ligadas a Orixás femininos. Os Caboclos de couro - Boiadeiros - são alegres e festeiros, são bem mais descontraídos e extrovertidos que os Caboclos de penas. Gostam de música, alguns gostam de samba, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças por essas terras de meu Deus.
Os Caboclos de Pena são exímios na arte de curar e na limpeza espiritual, são profundos conhecedores das ervas medicinais e de suas propriedades espirituais, assim como suas propriedades terapêuticas para o tratamento de muitos males. São grandes passistas e os resultados de seus trabalhos aparecem muito rapidamente. Gostam muito de crianças e se entristecem muito com o mal tratamento dispensado a elas por maus pais. Gostam muito de frutas, plantas e flores e suas festas devem ser bem ornamentadas pelos Zeladores de santo, que tem neles uma barreira muito grande contra os males de natureza material e espiritual. A ornamentação não precisa ser suntuosa, pois são entidades bastante simples, mas flores e folhas compõem arranjos que os deixam muito satisfeitos. Nas matas, cachoeiras, praias, rios, montanhas, sempre haverá a presença de um Caboclo, assim como entre as plantas e animais: Mata Virgem, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Caboclo Arruda, Caboclo Guiné, Cobra Coral, Sucuri, Jibóia; Os ligados diretamente aos Orixás, Caboclo Rompe Mato (Ogum/Oxosse), Caboclo da Pedra (Xangô); os ligados às forças da natureza, Caboclo Ventania, Sete Cachoeiras; os ligados às atividades nas florestas, Caboclo Caçador, Flecheiro; os ligados ao desmanche de feitiços, Serra Negra; aos ligados às cores, Caboclo Roxo; às tribos, Caboclo Tupi, etc... Em suma, sempre haverá um Caboclo ligado a qualquer área da natureza para nos proteger e auxiliar. Saravá Caboclo, Saravá toda a Macaia. Saravá Jurema, Jupira, Jandira, Iara, e tantas outras Caboclas maravilhosas que enfeitam os rios, as serras com sua beleza e força e nas festas bradam e dançam, mostrando a feminilidade indígena, inocente, feliz, mas forte. Grandes trabalhadoras da seara de Oxalá. Okê Caboclo, Okê!Eu mandei fazer, três capacetes de penas Um é pra Iara o outro é pra Jandira e outro é pra Jurema! Esses são os Caboclos de pena! As características dos de couro são bastante diferentes, mas que não modificam suas intenções na prática do bem e da caridade. Os Boiadeiros também apresentam diversidades de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre, Boiadeiro do Sertão e muitos outros tipos.Ele é Boiadeiro lá do sertão, Um pé calçado outro no chão! São cantigas muito alegres, tocadas num ritmo vibrante, enquanto os Boiadeiros se esbaldam nas festas a eles consagradas. São porém grandes trabalhadores e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita facilidade. Boiadeiros gostam de vinho,cerveja, fumam charutos, cigarros de palha, ou mesmo cigarros comuns, alguns tomam cachaça com mel, vinho puro ou com mel, usam chapéus de couro, rebenques ou laços, alguns tocam berrante. É tal e qual se poderia presenciar no homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando o gado, tratando, marcando. À noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas um arroubo de alegria. Assim se manifestam os Caboclos, onde quer que sejam chamados. Algumas casas adotam determinadas doutrinas que lhes tolhem um pouco as características. Não lhes permitem fumar ou beber e se mesmo assim, humildemente, aceitam as condições da casa é por que é maior o desejo da caridade, do que mostrarem-se como realmente são. Isso não diminui nem seus trabalhos nem a capacidade da casa, muito menos deprecia tal doutrina. No entanto é muito importante que os respeitemos da maneira que se apresentem, sem que queiramos por nossas variações sociais, determinar suas procedências ou negar suas qualidades.
Fonte: http://br.geocities.com/rsnsolo/cabocttl.htm

domingo, 8 de julho de 2007

As Cores e a Umbanda


Este trabalho aborda sobre o uso das cores, suas propriedades e sua utilização na Umbanda e na Cromoterapia. Devido à extensão do assunto o texto será dividido em 9 partes, serão apresentadas no Boletim Saravá Umbanda da seguinte maneira:
- As Cores e a Umbanda.
- Chacra Raiz e Chacra Umbilical
- Chacra do Plexo Solar e Chacra Cardíaco
- Chacra Laríngeo e Chacra da Testa
- Chacra Coronário e Propriedades Gerais da Cor.
- Propriedades Físicas e Fisiológicas da Cor e Propriedades Físico-Químicas
- As cores quentes do espectro
- A cor mediana e as cores frias do espectro

Cores complementares,
Horários de predominância da cor na incidência Solar,
Técnicas de utilização das cores,
Técnicas complementares ,
Bibliografia.
Sabemos que nós , os Umbandistas , lidamos com as cores de uma maneira toda especial ,diferente de outras Religiões. As cores possuem uma importância muito grande nos nossos rituais. Encontramos o uso das cores nas guias , nas roupas , nas velas e nas linhas de Umbanda. Para cada uma das linhas existe uma cor correspondente:

Branca.................: Oxalá , Pretos-Velhos e almas.
Azul....................: Iemanjá
Marrom ou Roxa..: Xangô
Verde..................: Oxossi
Amarela..............: Iansã
Vermelha............: Ogum
Rosa...................: Ibejis, crianças
Roxa...................: Nanã , Eguns
Branca e Preta......: Omulú, Pretos-Velhos
Preta e Vermelha.: Exús
Mas afinal , qual a importância das cores para o Homem? Como as cores agem no organismo e no estado de espírito das pessoas? Todos nós sabemos que desde que o homem surgiu na terra, os raios solares alimentaram-no e mantiveram-no aquecido e a cor da flora e da fauna foram relevantes para determinar o seu humor e temperamento. A ciência que emprega as diferentes cores para alterar ou manter as vibrações do corpo na freqüência que resulta em saúde, bem estar e harmonia é denominada Cromoterapia ou Colorterapia. Cromoterapia é a utilização da radiação cósmica (energia cósmica) -- que se exterioriza pelo espectro solar nas diferentes cores que conhecemos --, em função terapêutica de equilíbrio e saúde, em decorrência de sermos fruto também dessa mesma radiação tanto na nossa natureza físico-material quanto energética-sutil ou espiritual.
Pelo lado sutil, os chacras, que são rodas de luz e cor em movimento:
fazem a captação das energias superiores ou cósmicas e as transmutam numa forma utilizável pela estrutura humana; e
assim nos sustentam energeticamente, aumentando e vitalizando a nossa força vital.

Fonte: http://www.guia.heu.nom.br/umbanda_e_as_cores.htm
Autor: Ricardo Silva

Saudações do Pena Branca


Salve todos os reinos, salve as forças da Paz, salve o reino da Luz, salve todos vós aqui presentes para que, na força do Amor incondicional, possais continuar elevando vossas consciências, afim de que todos os reinos reencontrem rapidamente seus caminhos na luz.

Visualizai um grande sol dourado acima de vossas cabeças para que, por meio de vossas Mentes Crísticas, possais continuar ampliando o vosso conhecimento e, nas energias máximas de um novo tempo, possais continuar reverenciando vossa Mãe Terra, em sincronicidade com todas as fontes direcionais que hoje ancoram as energias máximas de Amor, de Liberdade e de Paz, e acima de tudo, a Chama da Intuição.

Que possais sempre ouvir a Chama da Intuição em consonância com o Poder Crístico das energias da natureza, pois é por meio do Fogo, da Terra, da Água e do Ar que devereis continuar elevando vossas vidas para que todos os reinos atraiam o potencial magnânimo das forças máximas de Amor, de Paz e de Liberdade.

Salve todo os reinos, salve a forma da Paz, salve todos vós aqui presentes, em nome de Deus Pai Todo-Poderoso e em nome da Grande fraternidade Branca Universal.

Eu Sou Pena Branca em Vós.

A Felicidade


Felicidade é um sentimento da alma.
Existem várias formas de nos sentirmos felizes.
Uma gota d’água que cai do céu, para o sertanejo, é felicidade. Uma semente que brota trazendo uma nova vida, o sol se abrindo depois de longos dias chuvosos, o acordar, abrir os olhos e perceber a vida, é felicidade! Abraçar um amigo querido, ter a nossa família em volta de uma farta mesa é felicidade!
Temos tantos motivos para nos sentirmos felizes... Observe à sua volta quantas bênçãos! Que felicidade sentir o perfume de uma flor... que alegria poder andar, ver, perceber e ouvir!
Quantas pessoas estão privadas de tudo isso que você pode usufruir em todos os momentos de sua vida e, mesmo assim, encontram tantos outros caminhos que as levam à felicidade!


Olhe para cima, pois felicidade é ser abençoado por Deus!

A Caminhada


Sabemos que caminhar não é fácil, mas já viemos preparados para enfrentar a grande maratona da vida.
É necessário mantermos o equilíbrio físico e mental, para suportarmos a carga que vamos arrastar pelo longo caminho.
Devemos nos prevenir, pois sabemos dos perigos que corremos nessa estrada, dos tombos e contratempos que enfrentaremos.
É preciso transportar sempre a maior ferramenta que precisamos nesse caminho: o Amor!
É necessário nos alimentarmos diariamente de oração e de fé.
É fundamental não seguirmos sozinhos... busquemos um companheiro para nos acompanhar nessa jornada.
Leve apenas o necessário. Há coisas que são indispensáveis.
Separe e guarde para a sua caminhada luz, disposição, coragem, amor, fé, alegria, respeito e responsabilidade!

A Igualdade


Perante Deus somos todos iguais.
Ele nos criou à Sua imagem e semelhança. Deus deu ao homem a liberdade, a inteligência, a luz e a bondade.
O homem foi aos poucos se tornando diferente, se modificando perante seu Criador.
Sabemos que o homem jamais chegará a igualar-se à sabedoria divina. Porém, o Pai Criador alegra-se com os filhos de voa vontade, que mesmo errando, tentam imitar seus gestos.
Analise em que ponto você se assemelha a Deus. Use sempre a boa vontade, a sinceridade, a dignidade, o respeito e o amor para com o seu próximo.
Mesmo cometendo muitos erros (afinal, não somos perfeitos), precisamos honrar o home do nosso Pai, procurando imita-Lo em nossa vida carnal.
Qual o filho que não se orgulha do Pai? Você também não deseja ser o orgulho do seu Pai? Seja um bom filho para Ele, olhe para o seu próximo e perceba a Sua presença em cada um.
Amar a Deus sobre todas as coisas é não se sentir diferente dos demais, pois em cada irmão existe um pouco de nós.

terça-feira, 3 de julho de 2007

A Organização Espiritual de um Terreiro


Na parte espiritual as principais autoridades umbandistas são os pais-de-santo ou mães-de-santo ou madrinhas, que incorporam as entidades, zelam pela manutenção da doutrina e presidem as sessões realizadas no terreiro (o templo). Abaixo deles estão os pais e mães pequenos, filhos ou filhas-de-santo, que também são médiuns. Há ainda os auxiliares de culto, que ajudam a organizar o terreiro e assessoram os pais-de-santo e médiuns de incorporação durante as sessões. Os auxiliares mais conhecidos são :
Cambones : São os médiuns que cuidam do orixá, servindo suas bebidas, comidas, o cigarro ou charuto, suas vestes, escrevendo para ele, enfim auxiliando em todo o trabalho. O cambone é, sem dúvida alguma, o médium mais difícil de doutrinar (aprender), por que ele deve conhecer como é cada orixá , saber o que cada orixá como, o que bebe, saber servir enfim é uma arte.
Ogan : Os ogans são os responsáveis pela "puxada" dos pontos do terreiro. Eles devem ser detentores da sabedoria e reconhecer qual ponto deve ser puxado para qual entidade. Para os ogans a parte que deve ser mais difícil é não saber o que mas sim o quando. Um ogan deve no mínimo conhecer 7 pontos de cada entidade e de cada momento (pontos de abertura, saudações, pontos de bater cabeça, etc).
Tabaqueiros : Os tabaqueiros são os responsáveis pela curimba, ou seja, pelo toque das atabaques. Um toque diferente pode comprometer qualquer trabalho e ainda ser responsável pelo cruzamento da linha com o candomblé. É muito importante o entrosamento com o Ogan, uma vez que dependem dele para saber o ponto que será puxado e assim poder dar o toque. Os tabaqueiros também devem saber quando, como e porque de cada toque, repique, etc.
Fonte: http://www.perfeitauniao.org/oficina/2001/o_umbanda.htm

OS ORIXÁS NA UMBANDA


Para que possamos entender o Orixá em sua absoluta essência, é necessária uma enorme capacidade de abstração. O que diversos autores tem tentado valentemente explicar é algo absolutamente intangível ao nosso nível de consciência.
Orixá não é divindade, pois na Umbanda cremos num único Deus. A Umbanda não é politeísta, portanto o que passaremos a descrever não é uma teogonia. Orixá é potência de luz emanada de Deus, O Criador.
Ordinariamente entendemos a manifestação do Orixá, através das forças da natureza, é o máximo que conseguimos, pois em sua essência verdadeira é pura luz. E como entender isso? É como querer entender e explicar Deus, tarefa impossível a qualquer um de nós.
Entretanto, tendo em mente isso, podemos tentar entender juntos o caminho inverso, ou seja, da terra para o Alto, até porque para entendermos o que ocorre acima disso, precisaríamos entrar em esferas elevadíssimas que fogem ao nosso entendimento, pois ninguém tem alcance para isso. Tudo que falam são conjecturas, bravas e algumas até louváveis tentativas, mas nada absoluto. A verdade de cada um deve ser respeitada, assim como a compreensão. Avançar a esferas superior nos será naturalmente permitido quando tivermos evolução para tal.
Na realidade o que a Umbanda fez foi “organizar” as manifestações divinas, em uma linguagem que pudéssemos compreender. Todas as “complicações” provenientes do aprendizado na Umbanda são por nossa exclusiva culpa e ignorância, basta que conversemos com qualquer Preto Velho, para termos a certeza disto.
Pensemos a princípios nos Sete Orixás Básicos que se manifestam em nível de terreiro, ou seja, de incorporação: Oxoce, Ogum, Xangô, Omulu, Oxum, Iemanjá e Iansã.
A manifestação, em nível de terreiro, de cada um se dá através de espíritos enviados de cada uma destas forças. Importante ressaltar que na Umbanda não incorporamos o Orixá, mas sim os seus enviados ou representantes, que são espíritos que já encarnaram e que tem cada um o seu próprio karma, história, característica missionária, evolutiva, de personalidade etc.
Temos a tendência de acreditar ou pensar que cada Orixá é o reino ao qual está associado, entretanto Orixá é muito mais do que isso, e é exatamente esse “muito mais do que isso” que não conseguimos explicar em palavras, mas grosseiramente falando é o amor de Deus espalhado e ao mesmo tempo condensado em 7 raios básicos, destinados ao planeta Terra, que objetivam, ao chegarem aqui, traduzidos pelos diversos sub-planos que passaram, nos auxiliar no nosso karma, e que se manifestam através das forças e reinos da natureza. O Orixá está na natureza, mas não é apenas a natureza. Enfim... É mais uma benção de Deus.
Quando pensamos na composição de uma árvore, por exemplo, e nos infiltramos nela, entramos no seu universo e podemos observar neste universo “árvore” que todos os 7 Orixás estão se manifestando, conjugadamente ou em paralelo, mas sempre harmoniosamente.
Cada Orixá tem função específica e até as que são antagônicas se harmonizam frente as nossas necessidades, por Graça do Criador.
Para uma melhor compreensão nesta que está parecendo uma viagem ao mundo dos Orixás, vamos primeiro falar sobre as funções e especialidades de cada um ao nível de terra.
· O Orixá Oxoce corresponde a nossa necessidade de saúde, nutrição, expansão, energia vital, equilíbrio fisiológico.
O Orixá Ogum corresponde a nossa necessidade de energia, defesa, prontidão para ação, determinação, tenacidade.
O Orixá Xangô corresponde a nossa necessidade de discernimento, justiça, estudo, raciocínio concreto e metódico.
O Orixá Omulu corresponde a nossa necessidade de compreensão de karma, de regeneração, de evolução, transformações e transmutações kármicas.
· A Orixá Oxum corresponde a nossa necessidade de equilíbrio emocional, concórdia, amor, complacência e reprodutiva.
A Orixá Iemanjá corresponde a nossa necessidade familiar, estrutural de amor fraternal e filial e bens materiais.
A Orixá Iansã corresponde a nossa necessidade de mudança, deslocamentos, transformações materiais, avanços tecnológicos e intelectivos.

Tudo isso estando equilibrado nos torna pessoas melhores e facilita a nossa passagem na Terra, por isso falei em benção de Deus, e também e manifestações básicas e harmônicas dos Orixás apesar de algumas manifestações serem antagônicas, mas no fundo complementares.
Os 7 Orixás básicos ao se combinarem formam outros Orixás os quais chamamos de desdobramentos do Orixá ou Orixás que foram combinados, mas mesmo assim ainda não são estes que se manifestam em nível de terreiro, mas sim os seus enviados.
O único Orixá na Umbanda que não tem desdobramentos é a Orixá Iansã, pois as suas combinações são tão rápidas que não criam reinos, mas apenas manifestações rápidas desta conjugação, não chegando a formar ou fixar-se durante muito tempo a ponto de formar um novo Orixá. Além do mais, outro motivo para isto e o próprio elemento por Ela representado: o Ar. O Ar não se desdobra, não se fixa, mas mistura-se aos demais, entretanto sem mudar a sua essência. O Ar em movimento é o vento que causa mudanças rápidas e essas mudanças são a própria Orixá.
Quando os Orixás se combinam, se unem e se conjugam temos os diferentes desdobramentos que são manifestados através do encontro de um reino com outro, ou manifestações de força da natureza, que em terreiro também recebem nomes diferentes.

Autor do texto: Iassan Ayporê Pery (Dirigente do Centro Espiritualista Caboclo Pery)
Extraído do site: http://www.caboclopery.com.br/os_orixas.htm